sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Destino, Destinado, Destinação, Destinamento,

As folhas secas caem uma a uma...
E a arvore está quase nua...
E meu sangue ainda quente...
Escorre por suas raizes secas...
Molhando o solo...
Adubando a vida...
Meus olhos se fecham...
Sinto-me exaurir...
Meu coração já fraco..
Bate cada vez mais devagar...
Minha vida passa por minha mente...
E vejo que nada fiz de diferente...
E vejo que nada fiz realmente...
Vejo que nunca vivi...
Vejo por que estou ali...
Vejo o que devia ter feito...
Mas não me arrependo...
Tive uma vida de medo todo esse tempo...
Mas somente na hora da morte...
Enchergo as trilhas por onde caminhei...
As respostas dos enigmas que não pude decifrar...
Os amores que eu perdi...
O tempo que eu desperdicei...
E aonde exatamente errei...
E como era facil concertar...
Descubro o verdadeiro culpado por meu morbido fim...
Tenho sorte...
Pois tive minha vingança matei a quem me fez mal...
Estava morrendo por minhas proprias mãos...
O céu não espera por mim...
O inferno estava aberto ali...
Entre anjos e demonios...
Entre o céu e a terra...
Entre a vida e a morte...
Entre as duvidas e as certezas...
As folhas secas caiam sobre meu corpo...
Pareciam querer me cobrir...
Pareciam terem empatia com a minha dor...
E nesse momento...
Sentia-me cada vez mais distante...
E ao contrario do que dizem...
Não havia luz no fim...
Apenas as trevas esperavam por mim...
Clamando por meu nome...
Desejando o meu sangue...
Querendo a minha alma...
Esperando pacientemente a minha morte...
Foi então que tive certeza que era o fim...

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